"Acrescentos" a estátuas exigidos por Berlusconi retirados
As estátuas em mármore tinham sido emprestadas ao Palácio Chigi, que alberga o Governo italiano, mas Silvio Berlusconi considerava-as incompletas, pedindo em 2010 que o caso fosse solucionado.
Apesar das críticas dos historiadores de arte, Marte recuperou então uma mão, o seu escudo, o pénis e a ponta da espada. Já Vénus recuperou as duas mãos.
Datadas de 175 d.C e encontradas em 1918 em Óstia, perto de Roma, as estátuas de 1,4 toneladas e de 2,28 metros representam o deus da guerra, na forma do imperador Marco Aurélio, e da deusa do Amor, como a sua mulher, Faustina.
Em maio de 2012, após a saída de Berlusconi do poder, a estátua regressou ao museu das Termas de Diocleciano, em Roma, perdendo as "próteses" que tinham sido acrescentadas.
A colocação dos acrescentos tinha custado 70 mil euros e causado polémica, numa altura em que o orçamento para a cultura era alvo de cortes.
A responsável pela retirada das próteses, Giovanna Bandini, garante que o trabalho não deixou danos nas estátuas. Os acrescentos, em sulfato de cálcio e resina, tinham sido colocados com o auxílio de um sistema de ímanes.
"Estas reconstruções não correspondiam aos nossos princípios de restauro, baseads na apresentação do que a história nos deixou. Mas foi uma experiência e foi bem sucedida", acrescentou Bandini ao 'Il Messaggero'.